terça-feira, 17 de julho de 2012


Sabe, você costumava se preocupar. Você perguntava se eu estava bem, lia meu blog, e até me abraçava, mesmo que de longe. Você se importava. Você soube que eu não estava bem, você viu cicatrizes. E foi como se não mudasse nada, como se eu tivesse tão bem a ponto de não precisar de ninguém, muito menos você. Você sabia que eu estava sangrando, você sabia que todas as noites, ao colocar a cabeça no travesseiro, eu me afogava em lágrimas. Você sempre soube que valia muito pra mim, e mesmo não podendo mudar meu presente, podia me ajudar. Ajudar a superar tudo isso que vem me torturando.
Mas não, você se foi. É como se você tivesse desistido, mesmo sabendo de que eu preciso de você aqui, cada segundo da minha vida. É como se você tivesse ido, porque me amar tivesse te dado muito trabalho. É como se você também tivesse me largado ao vento, como se eu não valesse mais nem seu esforço.
Sabe, isso machuca mais do que qualquer coisa. Eu abri não só minha mente e meu coração como abriram meu diário pra você. Eu te contei cada mínimo sentimento que me dominava, eu contei tudo que eu passava. E isso só fez você ir. E sabe, de um tempo pra cá, tudo que você tem me ensinado, é que não se deve confiar em ninguém, que se trancar atrás de um sorriso é a melhor opção. 
Mas tudo bem, eu supero isso. É só mais um detalhe, certo?!
Apesar de tudo, eu sinto sua falta. E eu queria que você pudesse ler isso e voltar atrás, mentir dizendo que pensou em mim todo esse tempo, que não me esqueceu de como realmente fez. Talvez ainda de tempo.


Ou talvez não.

quarta-feira, 4 de julho de 2012




Sabe, eu sempre soube que seria assim. Desde que eu resolvi me entregar de corpo e alma, eu já sabia que essa escolha traria consequências. Sabia que seu sorriso se tornaria o meu, assim como suas lágrimas. Seus medos iriam me afligir, suas angustias me consumir e suas perdas iriam me derrubar. Seu passado, me corroer. Mas eu quis seguir em frente, porque o amor sempre foi maior do que qualquer coisa.
Apesar de tudo, eu fiz a escolha certa. Não me arrependo de forma alguma, mesmo estando difícil. Tudo tem doido tanto em você e, consequentemente, em mim. E eu me sinto tão... Impotente. Eu sinto doer em mim, sinto doer em você, mas não consigo ajudar. Não consigo mudar o que nos corrói. Dói tanto. É como se nada que eu fizesse mudasse isso, nada que eu fizesse curasse sua dor.
Você tem ideia do quanto isso dói em mim? Ver-te assim e não poder fazer absolutamente nada?!
É como se todas suas dores fossem transferidas pra mim, mas mesmo assim continuassem em você.